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3 minutos de leitura.
Autor:
Zan Collor
Publicado em
08 de abril de 2022
Na indústria, além da possibilidade de oferecer produtos recicláveis e otimizar todo o processo produtivo para ser mais eficiente, uma boa solução é utilizar as resinas recicladas PCR e PIR.
Você já conhece estes termos? A seguir, entenda o que são e os principais diferenciais das resinas PCR e PIR.
A resina PCR é a resina reciclada após o uso do consumidor. PCR também é referida como Post-Consumer Resin. Assim, essa é uma resina obtida a partir de outros materiais plásticos já consumidos, principalmente embalagens. Quando o consumidor destina o plástico para o descarte correto, tanto no lixo reciclável como em um programa de economia circular ou logística reversa, o produto pode ser transformado em resina novamente, sendo a PCR.
Para Amarildo Bazan, consultor especialista em polímeros:
“Material pós-consumo é aquele gerado por residências, comércio, indústria e instituições que cumpriram sua função inicial como produto, ou seja, quando o material não pode mais ser utilizado com o propósito inicial. Isto inclui o material descartado pela cadeia de distribuição, mas exclui o material pré-consumo (scrap de produção), conforme definido pela ISO 14021.”
Já PIR, que também é entendida como Post-Industrial Resin, é a resina obtida a partir do material já utilizado na linha de produção de uma indústria. A resina PIR nunca chegou ao consumidor, e tem o diferencial de já ser um material de qualidade – já aprovado até pelo controle – por ter sido utilizado na própria indústria. Um exemplo de PIR são as aparas plásticas obtidas durante a produção de algum produto específico.
Bazan comenta que todas as aparas pós-industriais podem ser reaproveitadas. “Caso não possa ser aproveitada no processo original, poderá ser destinada a outro processo.” Muitas indústrias já fazem o reaproveitamento desta resina em sua própria linha produtiva, enquanto outras vendem ou compram este material de outras companhias buscando uma redução de custos.
A principal vantagem compartilhada entre PCR e PIR é poder reaproveitar a resina plástica, com a PCR criando produtos parcialmente reciclados. A chamada resina virgem, que é obtida por diferentes processos químicos a partir de matérias-primas como o petróleo, tem um alto custo de produção, principalmente em recursos incluindo eletricidade e água.
Contando com diferentes processos de reciclagem, a resina PCR pode ser obtida em cooperativas e também dentro da própria indústria. A compatibilidade de materiais, considerando que raramente é possível produzir com 100% de resina reciclada, é um ponto de observação muito importante.
Quando a resina virgem é substituída por PIR, a resina já utilizada no processo industrial, a performance do material ainda é extremamente compatível. A resina pós-industrial tem alta qualidade e consistência. Já a resina reciclada após o consumo final é a ideal, mais prática e mais interessante para fins de sustentabilidade.
Pesquisar, avaliar seu processo e entender como trabalhar com os polímeros adequados e as resinas recicladas é o melhor caminho para que sua indústria possa se transformar e apresentar soluções sustentáveis. Assim como o especialista destaca, “reciclar é a arte de controlar, variações, contaminações em busca da repetibilidade dos processos”.
Fonte: https://mundodoplastico.plasticobrasil.com.br/